APRESENTAÇÃO
Lá perto do Equador, onde as forças centrifugas se convertem, existem sonhos…
Para “nós”, o de partir à Aventura, com aquele “ar” que faz doer, de tão húmido e quente que é, de partir à descoberta de locais inexplorados, dos sabores, dos aromas e dos sorrisos...
No golfo da Guiné, em 1470, os portugueses faziam nova descoberta: uma ilha localizada sobre o equador. A lha de S. Tomé, assim denominada por ter sido encontrada no dia do apóstolo, começa a ser colonizada quase dez anos depois. Menos tempo, cerca de um ano apenas, levariam os navegadores, João de Santarém e Pêro Escobar, para encontrar algumas ilhotas e uma segunda ilha, mais pequena, a que chamaram Santo Antão, e que foi rebatizada como ilha do Príncipe.
Se a descoberta ainda foi feita no reinado de D. Afonso V, o povoamento começou já com D. João II no trono de Portugal, que ali introduziu também o sistema das capitanias. Os donatários das ilhas e vassalos do rei levaram grupos de povoadores constituídos por filhos de judeus, artificies, alguns fidalgos, degredados e escravos negros, importados do continente africano, os únicos que conseguiam adaptar-se ao clima equatorial, húmido e quente. As doenças tropicais dizimaram grande parte dos primeiros colonos.
Com a introdução do cultivo da cana-de-açúcar, a criação de gado e o comércio de escravos, S. Tomé prospera rapidamente tornando-se, no século XVI, o maior exportador de açúcar em África. Alvo de constantes ataques dos navios corsários de franceses e de holandeses, o arquipélago, pela sua posição geográfica, transforma-se num ponto de escala na rota marítima para a Índia e na rota do trafico de escravos entre o continente africano e o Brasil.